Perante tantas dúvidas, a Espírito Santo Financial Group (ESFG) pede à CMVM que mantenha as ações suspensas, e revela que o Banque Privée foi obrigado pelo regulador suíço a vender parte do negócio.
A Espírito Santo Financial Group (ESFG), sociedade gestora da família Espírito Santo com uma participação de 20,1% no Banco Espírito Santo (BES), enviou um pedido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para que se mantenham suspensas as ações até que seja possível avaliar com mais precisão o impacto da sua exposição à situação financeira do Grupo Espírito Santo (GES).
O comunicado recorda que a 3 de julho esta exposição foi estimada em 2,35 mil milhões de euros, mas há novas alterações que complicam as contas.
No texto enviado à CMVM (entidade que gere a bolsa de Lisboa), a ESFG recorda que a Rioforte (outra 'holding' da família) pediu a 22 de julho o regime de gestão controlada, com o objetivo de ficar protegida dos credores.
E quatro dias antes, idêntico pedido tinha sido feito pela Espírito Santo International (a 'holding' de topo do GES) às autoridades do Luxemburgo. Mais longe, a 17 de julho, no Panamá, o regulador bancário assumiu o controlo do ES Bank, uma subsidiária do ESFG que funciona naquele país da América Central.
O comunicado do ESFG recorda ainda que a 21 de julho, o Banque Privée Espírito Santo, especializado na gestão de fortunas, com sede na Suíça, anunciou que tinha vendido parte do negócio (os ativos sob gestão dos clientes baseados em Portugal, Espanha e na América Latina).
O texto hoje conhecido revela, contudo, que esta venda foi feita depois de instruções do regulador bancário suíço que obrigou o Banque Privée a procurar comprador para uma parte dos seus ativos.