Ambiente

Zoomarine liberta tartaruga-verde após dez meses de reabilitação

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O Zoomarine anunciou que vai hoje devolver à natureza uma tartaruga marinha encontrada presa em redes de pesca ao largo de Quarteira, em setembro, depois de meses a reabilitar o animal.

A espécie em causa é uma tartaruga-verde ("chelonia midas"), uma das três que habitualmente se encontram junto à costa portuguesa, e vai ser libertada depois de um período de reabilitação de 10 meses no Porto d'Abrigo do Zoomarine, refere o Parque temático algarvio num comunicado.

A devolução do animal ao seu habitat natural realiza-se com a colaboração da marinha portuguesa e vem culminar um trabalho no qual foi necessário «recolher, ao longo das praias algarvias, inúmeros quilos de algas marinhas» para alimentação do animal, que o Zoomarine acredita ter agora uma "segunda oportunidade de vida independente no Oceano».

Batizada como Kara, a tartaruga verde aproximou-se demasiado da costa e acabou presa nas redes de pesca de uma embarcação, tendo o trabalho de reabilitação permitido que o animal ganhasse peso, passando dos 5,7 para os oito quilogramas e dos 33 para os 36,3 centímetros, acrescentou o parque temático.

«Para um réptil não deixa de ser um aumento muito significativo em tão curto espaço de tempo. A Kara, não obstante o passado recente, teve sorte... Todos os dias, por todo o mundo, centenas de tartarugas marinhas perdem a vida, vítimas de problemas tão variados como pneumonias, infestações (excessiva carga de parasitas), letargia devido às baixas temperaturas da água, infeções e outras patologias naturais», acrescenta ainda o Zoomarine.

A mesma fonte deixou ainda a advertência de que há cada vez mais exemplares de tartarugas que são «vítimas, por exemplo, de redes de pescas e de anzóis», acabam «capturados para consumo e/ou para artesanato», são «cortadas por hélices de barcos e/ou atropeladas por embarcações em rápida velocidade» ou são «vítimas da inocente ingestão de produtos resultantes da irresponsabilidade humana: plásticos e seus derivados».

«Mais pesada, mais comprida, mais ativa e mais forte, a Kara vai enfrentar esses constantes e crescentes desafios; mas, se tudo correr como desejamos, também irá ter oportunidade de crescer e de se reproduzir - a bem da espécie e a bem do nosso planeta», acrescentou o Zoomarine.

A libertação vai ser realizada a bordo de um navio da Marinha Portuguesa, que adiantou no seu 'site' da internet ir disponibilizar o navio Sagitário para transportar o animal e os técnicos até à zona da libertação, localizada cerca de 10 milhas náuticas a sul de Portimão.

Redação