Jaime Nina, especialista no vírus ébola, considera quase impossível o contágio de ébola chegar a Portugal e explica que se algum doente chegar ao país, há condições médicas e de segurança suficientes.
«A única hipótese de apanhar vírus em Portugal é um viajante vir em período de incubação de avião, se isso passar despercebido pelos controlos de fronteira do país de origem, e adoecer cá e não ser diagnosticado em tempo útil», explica Jaime Nina, do Instituto de Medicina Tropical em declarações à TSF.
Para o especialista no vírus ébola, mesmo esta situação é difícil de acontecer porque em Portugal «há uma série de medidas de segurança que são feitas por rotina e que infelizmente nestes três países afetados não são. Por exemplo, se for a uma urgência em qualquer hospital português ninguém tira sangue sem usar luvas. Em África, a exceção é alguém ter luvas».
Jaime Nina esclarece ainda que um doente «no início da infeção não é contagioso. Só se torna contagioso quando começa a tossir e principalmente quando começa a tossir com sangue, e depois hemorragias na boca, no nariz, nos olhos, na pele. Isto não é instantâneo, normalmente depois do início da febre são dois ou três dias».
A Direção Geral de Saúde (DGS) divulga esta tarde medidas de prevenção acertadas por todas as autoridades de saúde dos estados membros da União Europeia.
Esta sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou que a epidemia de Ébola na África Ocidental é uma «emergência de saúde pública de alcance mundial».
A diretora-geral da OMS considerou que «este é o maior, o mais grave e mais complexo surto em quase 40 anos na história desta doença».