Economia

Presidente do Montepio tranquiliza clientes garantindo que banco está bem capitalizado

Global Imagens/Sara Costa

Em entrevista à TVI, Tomás Correia afirmou que a auditoria forense que está a ser realizada pelo Banco de Portugal «é um procedimento de rotina, normal e desejável».

O presidente do Montepio, António Tomás Correia, garantiu hoje que os clientes e mutuários da instituição podem estar descansados, já que o grupo está «muito bem capitalizado, muito líquido e com um balanço e ativos muito bem provisionados».

«Aquilo que está em causa é uma avaliação de procedimentos na carteira de crédito, sendo a maioria crédito à habitação e não crédito às empresas a que se referiu [do universo Grupo Espírito Santo]», sublinhou Tomás Correia em entrevista à estação de televisão TVI.

As declarações do gestor surgem dias depois de ter sido noticiado que está em curso uma auditoria forense ao Montepio, a pedido do Banco de Portugal.

Segundo o presidente do Montepio, a auditoria forense que está em curso no banco «é um procedimento de rotina, normal e desejável», tendo-lhe sido comunicada através de uma carta do Banco de Portugal datada de 30 de outubro de 2013.

«Há sempre diversas auditorias em curso desde que a 'troika' [União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional] veio para Portugal», frisou, reforçando que esta inspeção do supervisor «insere-se num quadro de normalidade».

Tomás Correia revelou que o Montepio tem um rácio de cobertura para o crédito em incumprimento de 136% e afastou a ideia de que a entidade tenha um montante de crédito sem garantia exagerado.

Numa altura em que decorre uma auditoria forense no Banco Espírito Santo (BES), além de mais duas noutras instituições que ainda não se sabe quais são, segundo revelou recentemente o governador do Banco de Portugal, o facto de ter sido noticiado que está a decorrer uma auditoria forense no Montepio poderá causar preocupações aos clientes e mutuários do banco mutualista, um cenário que Tomás Correia fez questão de afastar.

«Sendo isso potencialmente penalizador, tenho a dizer que ao longo do dia de hoje não houve qualquer anormalidade no acesso dos clientes do Montepio aos balcões, nem aos outros canais do banco», assegurou.

A auditoria forense visa as contas do período entre 2009 e 2012, revelou Tomás Correia.