Vida

Morreu tartaruga gigante "Pepe, o missionário", um símbolo das Galápagos

Pepe, o Missionário Direitos Reservados

Com uma idade estimada em 100 anos, a tartaruga era um dos animais mais fotografados das Galápagos. "Pepe", que morreu de causas naturais, sofria de excesso de peso.

A tartaruga gigante "Pepe, o missionário", um símbolo das Galápagos, morreu, informou o diretor de Ecossistemas do Parque Nacional das ilhas equatorianas.

«Vários dos seus órgãos foram lentamente falhando», explicou Victor Carrion à agência AFP, indicando que a tartaruga, que morreu de causas naturais, também sofria de excesso de peso.

"Pepe", que passou muito tempo da sua vida em cativeiro, ganhou fama como num dos animais mais fotografados das Galápagos.

Existem informações divergentes relativamente à idade de "Pepe". Fonte do parque citada pela agência Efe disse que inicialmente se pensava que teria entre 60 e 70 anos, mas que os resultados da autópsia vieram revelar que era mais velho, sendo a sua idade estimada em cem anos.

Arturo Izurieta, diretor do Parque, esclareceu num 'post' na sua conta no Twitter que «o desaparecimento de Pepe não coloca a sua subespécie em perigo», pois existem cerca de 2.000 exemplares que ainda vivem no seu habitat natural.

A morte de "Pepe" faz lembrar a de "George Solitário", o último exemplar de uma subespécie de tartarugas gigantes das Galápagos, que se estimava ter cem anos, ocorrida em 2012.

"George Solitário" era um animal famoso, uma vez que era o único sobrevivente da subespécie de tartarugas gigantes "Chelonoidis Abingdoni", da ilha Pinta.

As Ilhas Galápagos, declaradas em 1978 Património da Humanidade pela Unesco, situam-se a cerca de mil quilómetros a oeste da costa continental do Equador e devem o seu nome precisamente às tartarugas gigantes que as habitam.

Este arquipélago é considerado um laboratório natural que permitiu ao naturalista britânico Charles Darwin formular a sua teoria sobre a evolução das espécies através da seleção natural.