Política

Marcelo só fala de eventual candidatura a Belém em 2015

Marcelo Rebelo de Sousa Global Imagens

Marcelo Rebelo de Sousa disse hoje, na Universidade de Verão do PSD, que é prematuro falar sobre uma eventual candidatura à Presidência da República e só tornará pública a decisão daqui a sete ou oito meses.

Tanto a questão da coligação como o tema das eleições presidenciais foram introduzidos por alunos da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo. A amabas as perguntas, Marcelo Rebelo de Sousa disse que era cedo para responder.

Sobre as eleições presidenciais de 2016, o professor defendeu que «ninguém no seu pleno juízo a esta distância pode formular sobre o tema das presidenciais juízos definitivos», nomeadamente na área do PSD.

«Para a área onde nos situamos é muito cedo ainda para saber qual é o candidato com melhores condições para poder enfrentar um desafio difícil, que é um desafio simultâneo, as legislativas e as presidenciais. São no fundo disputadas em pacote, num calendário muito apertado com campanhas quase simultâneas a partir do ano que vem. É muito prematuro quer estar a tomar posições individuais, quer estar a formular designações ou nomeações», disse, sublinhando que a área do PSD é muito rica em nomes 'presidenciáveis' e que existem vários candidatos possíveis.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou ainda que «neste momento o que parece normal é o prolongamento da atual coligação, da ótica do PSD, mas o juízo definitivo deve ser feito em tempo oportuno em função do contexto vivido da primavera do ano que vem», afirmou, advogando que a ponderação deverá ser feita tendo em conta o interesse do país e a situação ainda muito difícil da saída da crise.

Ainda em relação às legislativas de 2015, Marcelo Rebelo de Sousa enumerou três problemas que podem condicionar negativamente o PSD e a própria coligação, apontando como primeiro argumento o facto de os sociais-democratas terem prometido uma coisa antes das eleições de 2011 e depois terem «feito o seu contrário».

Um «segundo argumento mais pesado» será a identificação do partido e do Governo ao período da crise, com o peso das medidas tomadas a aparecer 'colado' aos protagonistas que se apresentam a eleições. Por outro lado, acrescentou, os eleitores até podem relevar as duas questões anteriores, mas podem querer entrar um novo ciclo.

Redação