O presidente demissionário da PT foi parco em palavras ao sair da reunião magna que hoje decorreu em Lisboa, evitando a maioria das questões colocadas pelos jornalistas.
«Não tenho estados de alma», afirmou o responsável, que estava visivelmente abalado depois de mais quatro horas de encontro dos acionistas da PT.
Granadeiro fez um breve comentário depois de ter sido questionado sobre qual o seu sentimento após a aprovação dos novos termos do acordo de combinação de ativos com a brasileira Oi.
«A decisão está tomada», limitou-se a acrescentar Granadeiro que, segundo relataram à agência Lusa fontes que participaram na Assembleia Geral (AG), reservada a acionistas e seus representantes, foi duramente atacado por diversos acionistas que usaram do direito da palavra.
Em causa está a aplicação de quase 900 milhões de euros feita pela PT na Rioforte, uma empresa do Grupo Espírito Santo (GES), com sede no Luxemburgo, que pediu recentemente a proteção dos credores, falhando o reembolso à operadora portuguesa.
«O que tinha a dizer, disse lá dentro», frisou, escusando-se a responder a várias questões que lhe foram sendo colocadas pelos jornalistas.
Ainda assim, Granadeiro sublinhou que continua convencido de que fez o melhor para a empresa que lidera e onde deverá permanecer em funções até 30 de setembro.