Política

PGR investiga Menezes, Câmara de Gaia confirma diligências da PJ junto da autarquia

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou hoje estar a investigar casos relacionados com o ex-autarca de Gaia, Luís Filipe Menezes, adiantando que «até ao momento não foram constituídos arguidos».

Em resposta escrita enviada à TSF, fonte oficial da PGR referiu que «a matéria objeto de notícias hoje publicadas encontra-se em investigação e está em segredo de justiça».

Já duramte a tarde, a Câmara de Gaia esclareceu, em comunicado, que a Polícia Judiciária «fez, na última semana de Julho, diligências junto do presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, para obter documentos que foram integralmente entregues». Esse documentos, adianta a autarquia, «diziam respeito ao anterior mandato» com particular incidência em 2013.

A autarquia esclarece ainda que «não se tratou de buscas com mandato judicial, mas sim de diligências feitas pelos inspetores da Polícia Judiciária».

O esclarecimento surge depois de, durante o dia, fonte da autarquia citada pela Lusa, ter dito que a Polícia Judiciária (PJ) fez buscas a «vastos documentos» da autarquia e das empresas municipais Águas de Gaia e Gaianima relativos ao mandato anterior, liderado pelo social-democrata Luís Filipe Menezes.

«A Câmara de Gaia foi alvo de uma inspeção do Tribunal de Contas iniciada em abril de 2013», referiu fonte da autarquia à Lusa, acrescentando não saber se foi «fruto dessa inspeção» que «foram feitas entretanto buscas pela PJ a vastos documentos da Câmara de Gaia, Águas de Gaia e Gaianima, relativos ao mandato anterior».

Fonte ligada ao processo adiantou à TSF e à Lusa que a PJ está a investigar Luís Filipe Menezes, como noticia hoje o Correio da Manhã (CM).

Em causa estarão divergências de milhões entre o que o social-democrata possui e o que declara, adianta o CM, acrescentando que terá sido pedido o levantamento do segredo bancário do ex-autarca.

Na sua página pessoal da rede social Facebook, Menezes colocou hoje uma publicação em que diz desconhecer «completamente a infâmia» descrita no CM.

Fonte da autarquia referiu que o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, entende que, "em respeito do bom nome das pessoas e do segredo de justiça, não se deve pronunciar" sobre este caso.

As buscas realizadas na Câmara de Gaia e nas duas empresas municipais tiveram início em julho.