Até Agosto o défice das contas públicas foi de quase 4700 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 770 milhões em relação a 2013. A receita fiscal cresceu quase 8%
Nos primeiros oito meses do ano a despesa da administração central cresceu 4,8%, sobretudo em resultado da reposição salarial na função pública decorrente do chumbo do constitucional aos cortes nos ordenados dos trabalhadores do Estado. Os juros da dívida também contribuíram para este aumento: engordaram de 4400 para 4660 milhões.
O aumento da despesa só não se nota no resultado final porque a receita chegou e sobrou para o compensar: os impostos renderam ao estado mais 1700 milhões do que há um ano, num crescimento de 7,7% que eleva o montante cobrado pelo Estado para valores muito acima da subida de 1100 milhões prevista no orçamento retificativo. No total, em 2014, o Estado já cobrou quase 23 800 milhões de euros a famílias e empresas.
Só a receita de IVA teve um aumento 7,9%, atingindo já um total de 9200 milhões de euros. O IRS rendeu mais 12%, alcançando 8240 milhões. O IRC teve o movimento contrário: caiu mais de 4%. Nestes oito meses o tecido empresarial entregou perto de 3 mil milhões de euros ao fisco.
O governo tem insistido na ideia de que a melhoria da receita fiscal fica a dever-se em grande medida à eficiência fiscal e ao combate à economia paralela. Os últimos números revelados pelo executivo mostraram que mais de 40% do crescimento da receita fiscal fica a dever-se exatamente às medidas de alargamento da base contributiva.