O PS entende que o Governo continua a fazer consolidação orçamental recorrendo ao bolso dos portugueses. Reagindo também aos dados da execução orçamental até agosto, o PSD destaca que existe excedente primário pela primeira vez.
O PS entende que o Governo continua a fazer consolidação orçamental recorrendo ao «bolso dos portugueses», uma conclusão que tira dos dados da execução orçamental até agosto.
O socialista Rui Paulo Figueiredo sublinhou que se vê um «brutal aumento da arrecadação fiscal» do IRS de quase 12 por cento e que não há muitas informações sobre combate à fraude e à evasão fiscal.
«Ao mesmo tempo, temos as prestações sociais a caírem», adiantou este deputado do PS, que conclui que no «Governo não consegue controlar despesa dos ministérios e que recorre sempre à mesma receita e resultados: ir ao bolso dos portugueses».
O comunista Miguel Tiago assinalou que a «grande parte da receita é obtida através do assalto fiscal ao trabalho por via do IRS e ao consumo das famílias por via do IVA».
«Este é um Governo que penaliza quem trabalha para favorecer aqueles que lucram com que quem trabalha», acrescentou este deputado do PCP.
Já a bloquista Mariana Mortágua assinalou o «assalto feito nos últimos três anos» ao salários dos trabalho, algo que é visível nos resultados da execução orçamental até agosto.
«É um aumento brutal da carga fiscal que leva ao aumento da receita fiscal que combinada com os cortes que conhecemos, que eram temporários e afinal ficaram permanentes e que explica esta evolução do saldo orçamental», sublinhou.
Por seu lado, o social-democrata Duarte Pacheco destacou que «pela primeira vez temos um excedente primário com uma melhoria de cerca de 1600 milhões de euros».
«É o resultado de um grande esforço que os portugueses fizeram», frisou este deputado do PSD, que crê que as «metas de execução do orçamento retificativo vão mesmo concretizar-se», o que faz com que a «credibilidade do país saia a ganhar».
Cecília Meireles, do CDS, disse que «se todos cumprirem» ao pagarem os seu impostos, «se todos fizeram a sua parte isso pode significar no futuro que todos possamos pagar um bocadinho menos», o que é um «fator muito importante».