Apesar de ter retirado a OPA, Salvador de Mello diz que se «mantém intacto o interesse na Espírito Santo Saúde», mas não especificou como pretende manter este interesse.
A José de Mello Saúde anunciou, esta quinta-feira, que o Grupo Mello «se viu obrigado» a retirar a OPA sobre a Espírito Santo Saúde, decisão que está relacionada com a falta de tempo útil para obter uma autorização da Autoridade da Concorrência.
Apesar disto, o presidente da José de Mello Saúde, que atacou a CMVM em várias ocasiões, diz que «mantém intacto o interesse na Espírito Santo Saúde», sem ter especificado como pretende manter este interesse.
Em conferência de imprensa, Salvador de Mello lembrou que não poderia aceitar a proposta da CMVM que comunicou que o grupo podia registar a oferta se esta deixasse de estar vinculada à autorização da Autoridade da Concorrência.
«Apesar de considerarmos que não há qualquer problema de concorrência, os dois grupos juntos terão uma quota de mercado inferior a oito por cento. Ficaríamos sempre inibidos de gerir esse ativo e, no limite, poderíamos ser obrigados a vender a Espírito Santo Saúde de forma apressada», explicou.
Salvador de Mello defendeu ainda que a CMVM nem sequer deveria ter registado a oferta dos mexicanos da Angeles antes de obtida a autorização da Autoridade da Concorrência.
Crente que a proposta do Grupo Mello era a melhor, o presidente da José de Mello Saúde disse ainda que os «acionistas da Espírito Santo Saúde ficam assim privados de receber uma proposta de quem poderá pagar o maior preço por este ativo».