O Sindicato dos Funcionários Judiciais diz que a Direção-geral da Administração da Justiça está a tentar pressionar os funcionários em relação à greve de sexta-feira e considera que estas pressões são «inaceitáveis».
O Sindicato dos Funcionários Judiciais acusa Direção-geral da Administração da Justiça de definir ilegalmente serviços mínimos para a greve na Justiça marcada para sexta-feira.
Em declarações à TSF, Fernando Jorge lembrou que, segundo a lei, cabe aos sindicatos definirem os serviços e o número de trabalhadores e que se a entidade patronal não estiver de acordo terá de ser convocado o tribunal arbitral.
«A Direção-geral não convocou nenhum tribunal arbitral. Guardou-se para o último dia e cobardemente emitiu uma circular para pressionar os funcionários», explicou o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais.
Fernando Jorge considera estas pressões «inaceitáveis» e acredita que o resultado desta ação será o aparecimento de mais funcionários em dia de greve do que o que a lei impõe.
O Sindicato dos Funcionários Judiciais admite mesmo processar os autores desta circular, incluindo contra «alguns que são nossos colegas, mas que estão a ser subservientes com a Direção-geral».
Para Fernando Jorge, a Direção-geral da Administração de Justiça está a tentar colocar os tribunais a funcionar com normalmente em dia de greve ao colocar dois funcionários em secções com três, quatro ou cinco trabalhadores.
O presidente deste sindicato acusou mesmo esta direção-geral de estar a tentar impor serviços mínimos nas execuções, juízos cíveis, tribunais administrativos e de trabalho, onde estes serviços mínimos não podem ser aplicados.