PCP e BE querem saber quanto recebeu o primeiro ministro em despesas de representação do Centro Português de Cooperação. Defendem que mesmo estas despesas têm limites, «trata-se de milhões ou de tostões?».
Para o secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa, é necessária uma clarificação relativamente a este caso. «Pelo seu bom nome e pela dignificação da atividade política, tem que dizer se recebeu ou não algum pagamento da Tecnoforma e quanto recebeu». Reclamou ainda mais esclarecimentos sobre as verbas que Passos recebeu enquanto membro do Centro Português de Cooperação.
Pedro Passos Coelho defendeu-se argumentando que não tem que justificar rendimentos que não auferiu. O primeiro ministro sublinhou que o que está no centro de debate não corresponde à verdade e garantiu que não se escondeu atrás das instituições.«Aquilo que constitui o meu património e a minha vida não pode ser mais transparente».
Pelo Bloco de Esquerda, a coordenadora Catarina Martins, quis saber quanto recebeu Passos Coelho em despesas de representação ao serviço do Centro Português de Cooperação. «Estamos a falar de tostões ou de milhões?».Acrescentou que «o pagamento de despesas de representação, em Portugal, sempre foi uma forma 'chica-esperta' de não pagar impostos».
Sem avançar números, o primeiro ministro reafirmou que recebeu pequenos reembolsos relativos a viagens e refeições.
Passos reafirmou que cumpriu com as suas obrigações legais.