Política

António Costa apela à união da esquerda

António Costa apelou esta tarde a uma união da esquerda para ultrapassar os problemas do país. O secretario geral do PS foi um dos convidados para estar no primeiro congresso do partido Livre, em Sintra, e sublinhou que entendimentos são sempre necessários.

«O que temos de fazer não é guerrear entre nós, é cada um dirigir-se ao eleitorado e aos cidadãos que pode mobilizar, aumentar a participação porque é a participação que dá vitalidade e a vitalidade que dá movimento. Esse movimento permitirá construir a alternativa», afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, perante cerca de 200 membros e apoiantes do "partido da papoila".

Segundo Costa, «há várias formas de governar que não passam, necessariamente e só, pela coligação», e há que «encontrar essa pluralidade de parceiros para que o diálogo parlamentar não seja de sentido único», pois «ter maioria absoluta não significa autossuficiência».

«A direita facilmente se junta, a esquerda facilmente se divide. Aquilo que temos de encontrar é o ponto de equilíbrio em que, respeitando as diferenças que existem entre nós, que vêm muito de trás e seguirão muito para diante, encontrar a capacidade de fazer algo em comum», continuou.

O candidato do PS a primeiro-ministro afirmou que, «hoje, a oposição ao Governo (da maioria PSD/CDS-PP) e a vontade de construir uma alternativa não existe só nos partidos à esquerda do PS nem no PS, existe muito para lá destas fronteiras e é esse grande bloco que é necessário mobilizar para afirmar uma alternativa clara, sólida, que garanta a mudança política já nas próximas eleições legislativas».

«Até agora, a esquerda tem procurado dividir-se em vez de se somar e acho que o desafio que temos pela frente é conseguirmos ter uma nova relação que os tempos de hoje exigem de forma a acrescentar espaço político e capacidade de ação, que significa capacidade de governação», desejou.