Educação

Caos na educação agravou-se, diz Associação de Professores

O caos na educação agravou-se depois de anulada a lista de colocações, denuncia a Associação dos Professores Contratados. Já os diretores das escolas têm dúvidas sobre a anulação da colocação de professores

Ainda estão à espera de uma resposta - os diretores de agrupamentos e escolas publicas pediram na sexta feira esclarecimentos ao Ministério por causa da ordem para assinarem a revogação na contratação da bolsa de professores.

Por esta altura não se sabe ao certo quantos diretores assinaram, despedindo os professores César Paulo, da Associação de Professores Contratados, diz que hoje está instalado o caos, porque não se sabe quem entrou e quem saiu.

Para o presidente da Associação, o Ministério tem de dissipar as dúvidas, divulgando as duas listas, a primeira, de dia 12, que tinha erros na fórmula de cálculo, e a lista atual.

Entretanto, a Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas pediu hoje ao Ministério da Educação para esclarecer se os diretores das escolas agiram com legitimidade ao anularem as colocações de professores do concurso da bolsa de contratação.

Vários agrupamentos de escolas receberam orientações do Ministério da Educação e Ciência (MEC) para anularem as colocações de professores do concurso da bolsa de contratação.

A orientação foi dada pela tutela horas antes da divulgação das novas listas, que substituíam as anteriores, nas quais foram detetados erros, que levaram à demissão do antigo diretor-geral da Administração Escolar.

Em declarações hoje à agência Lusa, o vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, disse que os diretores têm dúvidas e querem saber se é legítimo ou não o cumprimento da orientação do MEC que chegou às escolas na sexta-feira.

De acordo com Filinto Lima, o ofício enviado às escolas sugeria que os professores colocados fossem informados de que os seus contratos tinham sido anulados.

«A orientação que chegou às escolas na sexta-feira ia no sentido de nós [diretores] revogarmos um ato administrativo, de 12 de setembro, que não foi da nossa autoria e sim da Direção-Geral da Administração Escolas», disse.

Filinto Lima lembrou que, no fim de semana, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) criticou o MEC por atribuir responsabilidades dos erros aos diretores das escolas.

Mário Nogueira adiantou que o MEC ao dizer que «são os diretores das escolas que têm que assinar o despacho de revogação está implicitamente a atribuir as responsabilidades dos erros aos diretores das escolas».