Vida

O vírus ébola pode chegar mais cedo à Europa

Jaime Nina, investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical

A rapidez, maior do que o esperado, com que o ébola se tem propagado no continente africano, faz temer que chegue mais cedo à Europa.

O investigador Jaime Nina diz que a comunidade científica já elevou o nível de alerta.

Em declarações à TSF, O investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, sublinha a velocidade a que o ébola está a propagar-se e diz que acredita que, depois do caso norte-americano, é muito provável que no continente europeu aconteça exatamente o mesmo.

Jaime Nina diz que a única forma de evitar que a epidemia se alastre à Europa e a outros continentes é controlar todos os embarques. Para o investigador «todos os passageiros devem fazer um despiste da doença antes de sair de um país. Isto tem falhado, porque os doentes escondem os sintomas».

Quanto à restrição de viagens para os países afetados, o investigador é categórico e não concorda. Jaime Nina sublinha que é fundamental não isolar os países em que o vírus continua ativo porque, se isso não acontecer, alerta, o risco de uma pandemia é muito maior