Política

Jerónimo de Sousa rejeita alterações à lei eleitoral e aponta o dedo a Cavaco Silva

Jerónimo de Sousa critica o discurso de Cavaco Silva sobre a reforma eleitoral e as alterações no funcionamento dos partidos. O secretário geral considera que o chefe de estado «tem grandes culpas no cartório e na situação em que o país se encontra».

Na abertura das jornadas parlamentares do PCP, que decorrem hoje a amanhã em Loures, o líder comunista defendeu que as alterações propostas são antidemocráticas.

Nas comemorações do 5 de outubro, o Presidente da República defendeu a reforma do sistema político, como forma de evitar uma eventual implosão do sistema partidário.

Jerónimo de Sousa ouviu o recado, mas entende que há mais para lá da culpa dos partidos. «Manobras de diversão e falsas soluções que escondem igualmente velhos objetivos antidemocráticos, que se pretendem aproveitar o justo sentimento de crescente rejeição popular a práticas políticas assentes na mentira, nas promessas não cumpridas, na subordinação aos interesses e aos negócios do grande capital, no aproveitamento de cargos em benefício próprio, para justificar alterações da legislação sobre os partidos e o seu financiamento e da legislação eleitoral», definiu o secretário-geral do PCP.

Para Jerónimo de Sousa «estas manobras» mais não são do que tentativas de diminuir vontades e representatividade, que apenas pretendem deslocar a verdadeira origem dos problemas. Uma situação insustentável, que se estende a várias áreas - dos serviços públicos à política fiscal. Por isso, acrescenta o secretario geral do PCP, perante o que os comunistas entendem ser a atual ilusão de uma reforma fiscal, é preciso trabalhar numa verdadeira proposta de fiscalidade mais justa e que, garante Jerónimo de Sousa, não coloca em risco as contas do estado

Redação