O secretário de Estado da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, explicou ontem que os concursos «de grande dimensão» serão lançados ainda esta semana.
O Governo vai lançar mais dois concursos extraordinários de colocação de professores para escolas de territórios educativos de intervenção prioritária e para escolas com contratos de autonomia.
Em entrevista à SIC Notícias, o secretário de Estado da Administração Escolar explicou que estes concursos «de grande dimensão» serão lançados ainda esta semana e que devem absorver 150 docentes que ficaram sem colocação.
«A partir daí, só já temos situações que vão ocorrendo com o dia-a-dia das escolas com pedidos de substituição ou não aceitação por parte de candidatos», acrescentou João Casanova de Almeida.
Na entrevista à SIC Notícias, o secretário de Estado lamentou ainda o problema ocorrido este ano letivo na colocação de professores, considerando-o «um contratempo» e «um erro». «O Governo assumiu o erro, corrigiu o erro e elaborou nova lista de colocação (...), mas tudo dentro do espírito da lei, já que a lei não permite contratação direta», referiu.
João Casanova de Almeida afirmou ainda que para os professores que reclamarem indmenizações, por se sentirem lesados pelos erros cometidos, «existe sempre a possibilidade do recurso aos tribunais».
Na reação ao anúncio de dois concursos extraordinários de colocação de professores, o secretário-geral da Fenprof Mário Nogueira, em declarações à TSF, entende que não passa de demagogia e que esta abertura de concursos não resolve o problema dos professores que ficaram sem colocação e tiveram de ser deslocados.
Por seu lado, o líder da FNE considerou esta medida como positiva, mas lembrou que não resolve tudo, até porque há professores que tiveram colocação para 15 dias e que agora ficam sem escola para lecionar. «Esta situação pode reparar um pouco das injustiças, mas não resolve a totalidade das questões», afirmou João Dias da Silva, também ouvido pela TSF.
Contactado esta manhã pela TSF, Filinto Lima, dirigente da Associação de Agrupamentos e Escolas Públicas, disse que ainda não sabe em que moldes vão ser feitos os dois novos, mas espera que o ministério não esteja a acrescentar
ainda mais problemas.
Filinto Lima defende também que os alunos não podem ser esquecidos na equação que o Governo e as Escolas estão a fazer com a abertura destes novos concursos de colocação de professores. O dirigente considera que é necessário compensar os alunos que ainda estão sem aulas.