Saúde

Portugal deve criar um seguro para os dadores de rins

A Sociedade Portuguesa de Transplantação reinvidica que, à semelhança do que acontece com os dadores de sangue, seja criado urgentemente um seguro para os dadores de rins.

A Sociedade Portuguesa de Transplantação alerta que Portugal tem falta de dadores vivos de órgãos. O presidente explica que a espera de um rim chega, em média, aos quatro anos, e há dois mil doentes portugueses à espera.

Uma falha que para Fernando Macário só pode ser recuperada com campanhas de informação, que devem «ser mais dirigidas aos profissionais de saúde, particularmente àqueles que trabalham com os doentes em diálise», mas principalmente com um seguro que proteja os dadores de rins.

«Está em estudo, neste momento, a forma para se criar o seguro do dador. O Instituto Português do Sangue e da Transplantação está a trabalhar nesse sentido. Uma doação de um rim implica uma cirurgia e implica sempre algum risco e esse dador tem que estar protegido», defende Fernando Macário.

O seguro para os dadores de órgãos foi anunciado no início do ano pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). Sem avançar datas, o presidente do instituto, Artur Trindade, alerta que tão cedo não não deve ser criado o seguro.

«É preciso análises de dados, fazer um levantamento de ocorrências, tudo isto que não permite neste momento dar uma previsão de quando estará feito o seguro», explica.

A Sociedade Portuguesa de Transplantação arranca esta quinta-feira com um congresso nacional, ibérico e luso-brasileiro da transplantação, durante três dias, em Lisboa.