Na resposta às perguntas da oposição no debate quinzenal que decorre, esta manhã, no Parlamento, o chefe de Governo reafirmou que são apenas 150 os professores em falta nas escolas, que as anomalias do Citius causaram transtornos, mas que estão a ser resolvidas e que os contribuintes não serão chamados a pagar a crise no BES.
O primeiro-ministro garantiu hoje que a falta de professores, decorrente do novo concurso da bolsa de contratação, é residual e afetou «menos de dois por cento» dos docentes.
O Bloco de Esquerda (BE) confrontou hoje Passos Coelho com as consequências do erro no concurso de professores. «Nuno Crato chegou ao ministério da Educação como "professor pardal" «para fazer experiências com a vida das pessoas», acusou Catarina Martins.
Reconhecendo «um erro concursal», o primeiro-ministro respondeu que o Governo está a fazer tudo para os professores e alunos sejam «o menos prejudicados possível» e frisou que estão por colocar 150 em 110 mil docentes, o que representa «menos de dois por cento».
Relativamente ao Citius, a plataforma informática da Justiça, o Passos Coelho admitiu os transtornos causados, mas reafirmou o empenho do Governo em ultrapassar a situação. O primeiro-ministro garantiu que, nesta altura, existem apenas seis comarcas que ainda não estão "ligadas" ao Citius.
Quanto ao caso BES, e consequente criação do Novo Banco, Passos reafirmou que os contribuintes não serão chamados a suportar parte da solução encontrada.