A pastoral das prisões peruanas vai passar a dar apoio aos portugueses que cumprem penas de prisão nas cadeias peruanas. O grupo vive uma situação dramática, diz o presidente da Obra Católica das Migrações que visitou um estabelecimento prisional em Lima.
Os 70 cidadãos de nacionalidade portuguesa que cumprem penas de prisão em cadeias peruanas contam, a partir de agora, com o apoio da Obra Católica Portuguesa de Migrações.
Depois de uma visita aos estabelecimentos prisionais, onde conversou com os reclusos portugueses, o Frei Francisco Sales Diniz relatou à TSF o cenário «de guerra que viu. Parecia isso mesmo. Nem os táxis querem lá ir. Nós conseguimos, porque foi o hotel que fez o pedido e depois o taxista não podia recusar. Os reclusos não têm condições, dormem nos corredores em colchões e pagam tudo, até para ter um colchão. Há também relatos de violência e corrupção dentro das cadeias».
A partir de agora, o apoio aos reclusos portugueses nas cadeias do Peru conta com a colaboração de uma instituição local que vai disponibilizar uma pessoa, que todos os dias estará disponível para ir levar «um champô, ou uma camisa a quem necessitar».
A escolha do Peru para esta viagem deve-se ao facto de este país ser um dos que tem maior número de presos portugueses, sobretudo relacionados com crimes de tráfico de droga.