A troika regressa hoje a Portugal para a primeira monitorização pós-programa, inaugurando as visitas semestrais que vão continuar até que o país reembolse a maioria dos empréstimos. Se tudo correr como planeado, a "vigilância" só termina em 2035.
A troika vai continuar em Portugal até que o país pague 75 por cento do empréstimo concedido pelas instituições europeias, o equivalente a quase 40 mil milhões de euros.
Entrevistado pela TSF, João Pereira Leite, analista do Banco Carregosa, lembra que Portugal só deverá completar a devolução desse valor em 2035. No caso do Fundo Monetário Internacional (FMI), as contas devem ficar saldadas um pouco mais cedo, em 2022.
Para cumprir esses prazos é necessário que o país não permita que o valor da dívida face ao Produto Interno Bruto (PIB) se agrave.
O Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) terminou em maio. Depois de ter dispensado a última "tranche" do empréstimo, Portugal recebeu da troika 78,26 mil milhões de euros, de acordo com o calendário anual de amortização de dívida do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP).