Política

UGT avisa o governo para o que será «machadada de morte» no diálogo social

Em causa, sublinha o secretário-geral Carlos Silva, está o eventual acolhimento de algumas propostas da OCDE.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, advertiu hoje o primeiro-ministro que o «diálogo social» sofreria uma «machadada de morte» caso o Governo acolha algumas das recomendações da OCDE relativas às relações laborais.

«Podemos defender este mundo e o outro, mas senhor primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, acontecesse o Governo a que o senhor preside aceitar algumas das recomendações da OCDE, isso seria um retrocesso nos direitos dos trabalhadores e uma machadada de morte no diálogo social, ou seja, no vínculo que desejamos enfatizar aqui como peça fundamental na manutenção da paz e estabilidade sociais», declarou.

Carlos Silva discursava no encerramento do seminário "Diálogo Social pela Educação e Formação - estratégias de intervenção e concertação para o desenvolvimento e o emprego", por ocasião do 36.º aniversário da UGT, em Lisboa.

Dirigindo-se ao primeiro-ministro, que assistiu ao encerramento do seminário, Carlos Silva disse acreditar que as sugestões da OCDE relativas às relações laborais, como a "destruição da contratação coletiva, o fim das portarias de extensão, a discussão salarial ao nível de empresa, não serão acolhidas pelo Governo português".