Os elementos do Grupo Operacional de Busca e Salvamento da Póvoa de Varzim que estiveram presentes nas buscas ao montanhista desparecido João Marinho consideram que «a previsão da melhoria do tempo vai ajudar muito na operação de resgate».
De regresso a casa depois de quatro dias de buscas ao paradeiro do montanhista desaparecido nos Picos da Europa, Paulo Leite, Fernando Varanda e Nuno Seabra, acompanhados de Marley, o cão que ajudou na missão, regressaram hoje à Póvoa de Varzim e ainda mostraram esperança no resgate.
«As melhorias de tempo previstas para esta terça-feira ajudar muito nas operações. O vento, a neve e frio foram os principais obstáculos com que nos deparámos», disse Paulo Leite, operacional do Grupo Operacional de Busca e Salvamento (GOBS).
O elemento da equipa de resgate aprofundou as dificuldades que o seu grupo sentiu nos quatro dias em que participaram na operação. «Foi muito difícil. Havia zonas com cinco metros de neve, e até podemos ter passado ao lado de algum sítio onde ele possa estar e não o ver. Com o vento perde-se a visibilidade».
No local, a equipa portuguesa, em conjunto com a Guarda Civil Espanhola e com a GNR, uniram esforços e percorreram o trilho que João Marinho estaria a seguir, garantindo Paulo Leite que «foi feito o possível para passar todas as zonas a pente fino». «Fizemos tudo para trazer o João para casa, porque além de tudo é um amigo», contou o operacional do GOBS.