Na comissão de inquérito à gestão do BES e do GES, o presidente do Instituto de Seguros de Portugal, José Figueiredo Almaça que o valor da seguradora não corresponde ao que foi apurado numa avaliação validade pelo Banco de Portugal.
José Figueiredo Almaça confirmou aos deputados que a companhia de seguros Tranquilidade não valia os 700 milhões de euros apurados numa avaliação que foi aceite pelo Banco de Portugal.
Em resposta a uma pergunta da deputada do CDS, Teresa Anjinho, afirmou que «a Fidelidade, no final do ano passado, que era uma seguradora com 26 por cento de quota de mercado, foi avaliada em 1.100 milhões de euros. Ora, a Tranquilidade tem de quota de mercado 3,28%, portanto, na minha opinião, não vale os 700 milhões de euros».
Ontem à noite, a questão já tinha sido levantada na audição do vice-governador do Banco de Portugal. Pedro Duarte Neves, parco em explicações, fez referência a uma «avaliação independente».
Na intervenção inicial, José Figueiredo Almaça fez a cronologia do acompanhamento do ramo segurador e de fundos de pensões do grupo BES, sublinhando que, por várias vezes, alertou para eventuais irregularidades pelo facto de a Tranquilidade ter adquirido papel do GES.