Os jornais desta manhã continuam a destacar a detenção do antigo primeiro-ministro. Os jornais focam as manchetes em João Perna, o motorista pessoal de Sócrates que, alegadamente, funcionava como correio de dinheiro.
O Diário de Notícias diz que João Perna é uma das chaves da investigação. O motorista de José Sócrates era, alegadamente, correio de dinheiro entre Carlos Santos Silva e o antigo primeiro-ministro.
O esquema, segundo o DN, citando a tese da investigação, era triangular. Carlos Santos Silva detinha milhões de euros que pertenciam a José Sócrates. Quando este precisava de dinheiro, o motorista, João Perna era o intermediário. O DN conta que os investigadores vigiaram várias viagens deste até Paris.
O Público diz que João Perna viajava várias vezes até Paris, de carro, transportando dinheiro vivo para entregar a José Sócrates. O jornal escreve que as verbas atingiam as dezenas de milhares de euros.
A informação foi apurada através de escutas efetuadas no âmbito da investigação do DCIAP, que começou há um ano. De acordo com o Público, João Perna foi apanhado, as escutas telefónicas, a falar sobre este esquema, que terá sido já abandonado por José Sócrates.
Sobre as buscas em casa do antigo governante, o jornal diz que os investigadores apreenderam vasta documentação bancária, a que se juntaram outros documentos apreendidos numa box que Sócrates tinha alugada numa empresa em Alvalade.
O Correio da Manhã destaca também João Perna, e escreve que o motorista de José Sócrates foi apanhado com malas de dinheiro. O jornal conta que existem fotografias que comprovam e acrescenta que o motorista terá sido essencial na circulação de elevados montantes de dinheiro, colocando à disposição do antigo primeiro-ministro uma conta bancária pessoal.