O défice das contas públicas até outubro melhorou em 1842 milhões de euros face ao mesmo período de 2013, atingindo os 5959 milhões de euros.
A síntese de execução orçamental, hoje publicada, mostra que a receita com impostos cresceu 6,8%. Um ritmo de crescimento mais baixo, mas ainda assim acima do previsto no Orçamento do Estado (OE).
Destaque para o IRS, que teve uma subida de 10,8%, e para o IVA (o imposto que mais rende), que teve um acréscimo de 7,2%. Uma melhoria que, no entender da Direção Geral de Orçamento (DGO), «evidencia a recuperação da atividade económica e a crescente eficácia das novas medidas de combate à evasão fiscal e à economia paralela no IVA e no IRS». Sinal contrário para o IRC, que tem uma diminuição de 3,9%.
A despesa aumentou 1,7% na administração central. A Direção Geral de Orçamento justifica este aumento com a reposição salarial aos funcionários públicos, as transferências para a Administração Local, os encargos com pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e as diferenças relativas ao subsídio de férias, que no ano passado foi pago num mês diferente.
Em relação aos pagamentos em atraso, com mais de três meses, houve uma redução de 735 milhões de euros face a outubro do ano passado.
Na Segurança Social, o saldo ascendeu a 512 milhões de euros, menos 38 milhões de euros do que em igual período do ano passado. Há também um saldo positivo na Administração Local, atingindo os 370 milhões de euros. Mas na Administração Regional, há um défice de 299 milhões de euros.
O Governo sublinha que o défice das regiões autónomas seria apenas de 7 milhões de euros se fossem excluídos os pagamentos de dívidas de anos anteriores na Madeira, no âmbito do programa de resgate à região.