Justiça

Sócrates: Suspeitas de corrupção enquanto foi primeiro-ministro

Global Imagens/ Álvaro Isidoro

O Diário de Notícias faz manchete com esta informação. Diz o DN que José Sócrates pode ter beneficiado de alguma forma, o empresário ou empresas ligadas a Carlos Santos Silva, outro arguido no âmbito do processo "Marquês".

Escreve o Diário de Notícias que a investigação ainda não terá concretizado os atos concretos. O interrogatório do juiz Carlos Alexandre incidiu mais nas suspeitas de fraude fiscal qualificada e de branqueamento de capitais. Segundo o DN, Sócrates terá ouvido as escutas telefónicas de que foi alvo.

Num artigo de opinião, Adriano Moreira fala sobre os efeitos da detenção de José Sócrates. Para o professor universitário, antigo líder histórico do CDS, «os acontecimentos recentes, em que se destacam a decapitação de serviços fundamentais do Estado, e portanto a intervenção do poder judicial que tem, além das questões de responsabilidades de interventores políticos que atingiram o ponto mais crítico com a detenção sem precedentes de um antigo chefe de governo, tornam ainda mais premente a necessidade da reforma do Estado».

O i conta como tudo começou, como teve início a investigação a José Sócrates. O jornal diz que a CGD informou a Unidade de Informação Financeira da PJ. Depois de esta chegar à conclusão que existiam suspeitas informou o Ministério Público, que abriu um inquérito. O procurador Rosário Teixeira decidiu que a investigação seria feita pelo DCIAP. Podia ter sido delegada à PJ, mas esta polícia foi excluída de qualquer diligência.

O DCIAP atribuiu depois tarefas á Autoridade Tributária que entregou o caso a uma equipa a Braga, que fez buscas, vigiou os suspeitos e ouviu escutas. Na hora das detenções entrou em cena a PSP.

O Público destaca o receio dos investigadores de que José Sócrates destruísse provas fulcrais. terá sido esta a razão para ser detido mal aterrou em Lisboa, vindo de Paris. As autoridades encontraram centenas de documentos de natureza bancária, entre os quais extratos e contratos na casa de Sócrates e numa box alugada.

O advogado João Araújo, em declarações ao Público, diz que o seu cliente «veio para [Portugal] para ser preso», não explicando porém se já sabia que estava a ser investigado e vinha com conhecimento de que iria ser detido.