Saúde

Chefes de urgência do Amadora-Sintra pedem demissão

Hospital Fernando Fonseca (Amadora Sintra) Global Imagens/Júlio Lobo Pimentel

Os chefes e sub-chefes de urgência geral do hospital Amadora-Sintra pediram a demissão. O hospital admite «algum transtorno» mas não prejudica o normal funcionamento da urgência, garantiu o gabinete de comunicação à TSF.

De acordo com a mesma fonte os 16 médicos pediram demissão das funções de chefia, mas continuam a trabalhar normalmente na urgência.

O pedido de demissão aconteceu depois da administração ter informado os clínicos que teriam de cumprir na íntegra o horário no serviço de urgência. Em comunicado, o hospital explica que foi pedido aos médicos «que neste período que se avizinha, de síndromes gripais, entrassem efetivamente na Urgência às 8 horas de cada dia, em vez de, como até aqui, dedicarem parte da manhã a trabalho em enfermarias, sessões clínicas, ações de formação e outras».

O gabinete de comunicação do hospital disse ainda à TSF que estas demissões causam «transtorno, sobretudo, a nível de atos administrativos (elaboração de escalas, transferência de doentes e certificação de óbitos). Ainda assim, neste período que se pretende breve, esses atos administrativos são assumidos pela Direção Clínica».

Na nota enviada à TSF, o Conselho de Administração do Hospital Fernando Fonseca diz estar «convicto de que o bom senso prevalecerá e que se encontrará uma posição equilibrada que permita aos clínicos demissionários de funções de chefia, reconsiderar a decisão e assumir, com regras, o seu inegável esforço para servir os doentes dos concelhos de Amadora e Sintra».