«É uma surpresa enorme! Sabia que este prémio existia, mas abrange muitas formas de arte. Portanto foi uma alegria imensa», declarou a escritora à TSF.
O júri do Prémio Luso Espanhol Arte e Cultura distinguiu, por unanimidade, Lídia Jorge, com a justificação de que a escritora conseguiu criar uma relação de união entre Portugal e Espanha, através do contributo que dá nas suas obras para o conhecimento de ambos os países.
«O que escolhi fazer com a escrita foi uma espécie de crónica do tempo que passa, e que é uma tentativa de entendimento entre o mundo que vivemos e que tem tantos enigmas e contradições à nossa volta. As contradições de Portugal são as contradições de Espanha na sua globalidade, não só porque as terras estão juntas mas porque há um passado histórico que nos une», disse.
Lídia Jorge vê este prémio como um estímulo para continuar a escrever. «É uma grande alegria! Um estímulo para o que quero escrever ainda».
«Os Memorávei» é o último livro de Lídia Jorge. A escritora já foi distinguida com vários prémios, nacionais e estrangeiros:, como Prémio PEN Clube; o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia; ou o Albatros, da Fundação Günter Grass.