Justiça

Duarte Lima vai recorrer da condenação a 10 anos de prisão

Lusa/António Cotrim

À saída do tribunal, Duarte Lima disse que «esta é uma decisão com profundos e clamorosos erros de fato e erros jurídicos. Vamos agora analisar os fundamentos da sentença para recorrer».

O ex-dirigente social-democrata Duarte Lima foi hoje condenado, em cúmulo jurídico, a dez anos de prisão efetiva, por burla qualificada e branqueamento de capitais, no processo Homeland.

Os advogados dos outros quatro arguidos condenados também já disseram que pretendem interpor recurso da decisão.

Duarte Lima foi condenado a seis anos pelo crime de burla e a sete por branqueamento de capitais, tendo ficado em dez anos por cúmulo jurídico.

Apenas o filho de Duarte Lima, Pedro Lima, foi absolvido, enquanto quatro outros arguidos foram condenados.

O sócio do ex-deputado social-democrata, Vitor Raposo, foi condenado a seis anos de prisão efetiva por um crime de burla qualificada.

João Almeida e Paiva foi condenado a uma pena de quatro anos de prisão efetiva por um crime de burla qualificada e um crime de falsificação de documentos,

O tribunal das varas criminais de Lisboa justifica que a pena é efetiva porque não mostrou arrependimento.

Pedro Almeida e Paiva foi condenado a dois anos e seis meses de prisão por um crime de burla qualificada e um de falsificação de documentos, embora a pena possa ser suspensa se pagar 50 mil euros ao Instituto Português de Oncologia.

Francisco Canas, conhecido como o 'Zé das medalhas', foi condenado a quatro anos de pena efetiva por um crime de branqueamento de capitais.

Duarte Lima, Pedro Lima e Vítor Raposo constituíram o fundo Homeland com o antigo BPN, para a aquisição dos terrenos em Oeiras, em 2007, nas imediações do local onde esteve prevista a sede do Instituto Português de Oncologia (IPO), projeto abandonado mais tarde.