Política

LIVRE apela a clarificação de todos os partidos à esquerda

Lusa/Mário Cruz

O partido LIVRE apelou hoje a uma clarificação de todos os partidos da esquerda sobre como combater as atuais políticas de austeridade, no final do XX congresso nacional do PS para o qual foi convidado.

«Não temos, nem temos de ter uma leitura do discurso do PS», disse o ex-eurodeputado independente pelo BE Rui Tavares, considerando que o Partido Socialista fez «um discurso de partido de centro-esquerda».

Rui Tavares recusou ser tratado como o líder do partido da «papoila» e frisou não ser «comentador político» para analisar o discurso de encerramento dos trabalhos socialistas por parte do secretário-geral socialista, António Costa.

Para o membro do grupo de contacto do LIVRE, «é preciso que todos os partidos que estão contra o caminho que está a ser seguido acrescentem a esse "contra", que é muito importante, um "como"», ou seja, «como é que pensam governar contra estas e implementar outras políticas».

«Que todos os partidos, não só o LIVRE, o PS, o PCP, o BE, não só os cidadãos de esquerda, mas todos os cidadãos assumam as suas responsabilidades. As responsabilidades assumidas pelo LIVRE, que encontrou uma estratégia conjunta para uma candidatura cidadã, é de assumi-las e dizer que é preciso trazer soluções para o país e que passam por resolver a crise da representação também ao nível da governação», declarou Rui Tavares.

O recém-formado partido pretende agregar numa candidatura às próximas legislativas um movimento que integra elementos das Associações Fórum Manifesto, Renovação Comunista e outras personalidades de esquerda, entre outras organizações, que incluem outros dissidentes bloquistas como Ana Drago e Daniel Oliveira.