O programa "Escolhas, que dá trabalho a jovens em risco, vais ser distinguido com um prémio da área dos direitos das crianças. A distinção é atribuída pelo Observatório Internacional de Justiça Juvenil e tem o patrocínio da UNESCO. O "Escolhas" foi criado há 14 anos.
O Programa Escolhas começou em 2001 depois de vários incidentes na zona de Lisboa. «Foi o chamado "verão quente", que envolveu jovens dos subúrbios da capital e que culminou com o incidente que envolveu a actriz Lídia Franco», lembra Pedro Calado.
Na altura, apesar de várias recomendações feitas por organismos internacionais, Portugal era o único país da União Europeia que não tinha um programa de apoio e inserção a jovens desfavorecidos.
Pedro Calado começou como técnico, hoje é coordenador nacional do programa "Escolhas", que abrange jovens dos 6 aos 30 anos oriundos de contextos sociais complicados, em vários projectos de inserção profissional ou educação.
Na última geração do "Escolhas", na área da educação, o sucesso foi de 87% entre os 90 mil jovens envolvidos. Nesta altura estão activos 139 projectos por todo o país e , passados quase 14 anos, Pedro Calado sente uma satisfação peculiar num programa que viu crescer. «Sinto orgulho ao ver jovens que acompanhei em crianças, serem já licenciados e líderes das suas comunidades».
O prémio que vão receber hoje em Bruxelas foi uma surpresa, já que partiu do próprio Observatório Internacional da Justiça Juvenil candidatar o projecto.
O programa "Escolhas" é atualmente um modelo de exemplo para países tão diferentes Suécia, Colômbia ou México.