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Relatório atribui culpas do acidente a Jules Bianchi

epochtimes.com

O relatório mandado elaborar pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) ao acidente de Jules Bianchi no Grande Prémio do Japão de fórmula 1 atribuiu as culpas ao piloto francês.

O documento, de 396 páginas, foi elaborado por um grupo de 10 pessoas, destacando-se entre elas Ross Brawn, ex-responsável da Ferrari e da Mercedes, Emerson Fittipaldi, antigo campeão mundial de fórmula 1, e Gerrard Saillant, cirurgião ortopedista e traumatologista, que estudaram em detalhe as circunstâncias do acidente do jovem piloto francês, que continua em «estado crítico, mas estável» no hospital de Nice.

Da análise resultou a conclusão de que Biachi, 25 anos, não terá abrandado o suficiente para evitar a perda de controlo do seu carro, que se despistou na mesma zona em que ocorreu o acidente com o alemão Adrian Sutil uma volta antes, em acidentes verificados durante o Grande Prémio do Japão, disputado em 5 de outubro, no circuito de Suzuka.

«Diversos fatores contribuíram para o acidente, mas nenhum deles foi a causa única para o mesmo», sublinha a FIA no seu relatório, acrescentando que a trajetória na curva 7 estava cheia de água da chuva, fazendo com que os dois pilotos tenham perdido o controlo dos dois monolugares.

«Bianchi não reduziu a velocidade o suficiente para evitar a perda de controlo na mesma curva da pista em que saiu Sutil. As ações que se seguiram ao acidente de Sutil (nomeadamente a saída para a pista de uma máquina para retirar o Sauber) estiveram conformes os regulamentos e de acordo com a interpretação feita aos 384 incidentes de corrida verificados nos oito anos anteriores. Não havia razão aparente para que a viatura de segurança saísse, antes ou depois do acidente de Sutil», pode ler-se.

O relatório refere ainda que nos dois segundos durante os quais a viatura de Bianchi saiu de pista e atravessou a gravilha (antes de embater da grua que retirava o carro de Sutil), «ele (Bianchi) apoiou os dois pés ao mesmo tempo no acelerador e no travão».

«O sistema "FailSafe" foi concebido para parar o motor, mas não funcionou neste caso devido ao coordenador de binário, que controla o sistema traseiro de travagem, que, no caso do Marussia de Bianchi, é incompatível com as afinações do "FailSafe"», refere o relatório.

O documento realça, ainda, que mesmo que o monolugar fosse fechado, como alguns defendem, não seria possível minimizar o impacto com a grua, tendo ainda salientado a rapidez dos procedimentos de socorro, que «de maneira significativa, salvaram a vida a Bianchi».

O piloto gaulês permanece em estado de coma desde o acidente.

Redação