Justiça

Acórdão do STJ revela que Sócrates também é suspeito de corrupção ativa

EPA/ANDRE KOSTERS

A revelação consta do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, que ontem não deu provimento ao pedido de libertação imediata do antigo primeiro-ministro. O documento revela, ainda, mais pormenores que conduziram Sócrates à prisão.

José Sócrates é suspeito de ter oferecido vantagens financeiras a determinadas pessoas, quando já não era primeiro-ministro.O Diário de Notícias concretiza que, em troca, recebia ajuda no alegado esquema de evasão fiscal e branqueamento de capitais.A suspeita refere-se a crimes supostamente praticados depois de 2011, após ter abandonado a chefia do governo.Ou seja, dizem alguns jornais, que José Sócrates também está indiciado por corrupção ativa. Até agora sabia-se, apenas, que é suspeito de corrupção passiva.O acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, que rejeita a libertação imediata do antigo primeiro-ministro, revela outros dados. Indica, por exemplo, que no dia da detenção, a 21 de novembro, e na véspera, forma retirados computadores da casa de José Sócrates.As declarações que prestou ao juiz Carlos Alexandre permitiram recuperar esse material informático, mas já não foi encontrada qualquer informação relevante.Fica ainda a saber-se que José Sócrates previa viajar para o Brasil no dia 24 de novembro. Uma viagem que iria realizar ainda como consultor da Octopharma, da qual foi depois dispensado, mas que o juiz viu como um real perigo de fuga.

Redação