Política

Portas: Mais força para o CDS podia significar melhores políticas

Paulo Portas Global Imagens/Arquivo

Paulo Portas afirmou hoje que mais força para o CDS poderia significar melhor economia e maior justiça social. A ideia foi deixada plo vice-primeiro-ministro esta tarde, no parlamento, durante um almoço com deputados e antigos líderes parlamentares, para homenagear Adelino Amaro da Costa, no dia em que se completa mais um aniversário da sua morte.

No almoço de homenagem Paulo Portas deixou o lamento: o CDS só é chamado à cena para fazer o «papel de bombeiro». E mesmo com um CDS em regime de coligação, Paulo Portas não abdica do que diz ser a aspiração dos centristas, sublinhando até que, mais votos para o CDS, poderiam significar melhores políticas para os eleitores.

O líder centrista reiterou ainda a ideia de que o CDS tem sido chamado a governar com «a casa a arder», mas não abdica da «aspiração» de, com «mais força», estar no poder «em tempos normais» para poder mostrar que daria «conta do recado», proporcionando «uma economia mais próspera e uma sociedade mais justa».

O líder centrista disse também que o CDS sempre foi um partido com quadros jovens e um «partido de compromisso e de cordialidade», afirmando que «não há incidentes que desprestigiem o parlamento» que estejam essencialmente ligados àquela bancada.

«Nunca fomos um partido de tirar o microfone aos outros», resumiu, provocando o riso na sala, pela referência a uma polémica discussão recente entre o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, o centrista Paulo Núncio, e o presidente da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, o socialista Eduardo Cabrita.

Apesar das mudanças no partido, Portas identificou «uma constância», baseada na «visão do humanismo cristão, na defesa a iniciativa privada, no solidarismo e patriotismo».

Com exceção de Lobo Xavier e Oliveira Dias, que enviaram mensagens de saudação, estiveram presentes todos os antigos líderes parlamentares do CDS-PP, que se sentaram na mesma mesa de Paulo Portas, incluindo Basílio Horta, hoje presidente da Câmara Municipal de Sintra eleito pelo PS e que foi ainda nesta legislatura deputado na bancada socialista.

Do lado direito de Portas sentou-se António Gomes de Pinho, hoje presidente da Fundação de Serralves, e do lado esquerdo Narana Coissoró. Imediatamente a seguir a Narana, sentou-se Basílio Horta, tendo ao seu lado o atual líder parlamentar, Nuno Magalhães.

A mesa compôs-se também por Luís Pedro Mota Soares, Diogo Feio, Nuno Melo, Telmo Correia, Luís Queiró, Rui Pena e Nogueira de Brito. Paulo Portas lembrou os líderes parlamentares já falecidos, um dos quais é o antigo ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, que faz hoje 34 anos morreu quando seguia no mesmo avião que o primeiro-ministro do Governo da Aliança Democrática (AD) Francisco Sá Carneiro.

Entre a refeição e as intervenções, foram exibidos vídeos que mostraram os rostos do partido, os líderes parlamentares e os seus presidentes, sem seleções ou exceções, naquilo que Paulo Portas designou de «todo um institucionalismo» e «nenhum estalinismo, em que se seleciona os favoritos e se reescreve a história».

«Assumimos a história do partido como um todo», declarou, afirmando que, no CDS, se respeitam «todas as lideranças», e frisando que aquele é um partido que foi feito «apesar do PREC [Processo Revolucionário em Curso] e contra o PREC».