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Greve da TAP: agências de viagens alertam para «prejuízos astronómicos»

O presidente da Associação das Agências de Viagem e Turismo disse hoje que a greve anunciada pelos sindicatos ligados à TAP para os dias 27 a 30 implicará prejuízos astronómicos e poderá provocar a perda de postos de trabalho.

Se os sindicatos avançarem com a greve de quatro dias anunciada na quarta-feira "os prejuízos serão vários e astronómicos", afirmou à agência Lusa o presidente daquela associação, Pedro Costa Ferreira.

O presidente da associação, Pedro Costa Ferreira, em declarações à agência Lusa, disse ainda que uma greve realizada nessa altura irá prejudicar «de forma cruel» as famílias portuguesas, «que, naturalmente, utilizam este período do ano quer para visitar famílias, quer para passar férias».

Lembrando que «há muitos hotéis que já estão pré-pagos», alertou que os turistas ou visitantes portugueses prejudicados pela greve não vão receber reembolso e que muitos de portugueses são «pessoas que pouparam ao longo do ano para, nesta altura, visitarem as suas famílias ou passarem férias e que simplesmente vão ficar sem o dinheiro».

Para Pedro Costa Ferreira, a greve também irá prejudicar a TAP, «em vários milhões de euros», já que «vai enfraquecer a posição económica e financeira na companhia». Por isso, sublinhou, a paralisação vai enfraquecer a posição da TAP na privatização.

Por outro lado, acrescentou o presidente da Associação Portuguesa de Viagens e Turismo, a greve também poderá levar a despedimentos noutras empresas, «nomeadamente em agências de viagens, que nesta altura do ano tinham as suas últimas esperanças de equilibrar as suas posições e exercícios».

Apesar de ainda não ter feito contas concretas ao impacto da greve, Pedro Costa Ferreira considera que o prejuízo será de «milhares e milhares de euros» porque afetará «milhares e milhares de estrangeiros e milhares e milhares de portugueses».