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Governo: Privatização da TAP não é inevitável, mas é crucial

Sérgio Monteiro Global Imagens/Álvaro Isidoro

O secretário de Estado dos Transportes disse hoje, no Fórum TSF, que a privatização da TAP não é inevitável, mas é considerada crucial para o futuro da companhia.

Sérgio Monteiro esclareceu que o Estado não está impedido de recapitalizar a transportadora aérea para evitar a privatização da empresa, mas o Governo não pode aceitar as regras que Bruxelas define para uma possível recapitalização.

As declarações de Sérgio Monteiro surgem depois dos 12 sindicatos que representam os trabalhadores da TAP, entre os quais os pilotos, terem decidido avançar com uma greve de quatro dias, entre 27 e 30 de dezembro.

Em comunicado conjunto divulgado ontem, a plataforma que reúne os 12 sindicatos da TAP adiantou que a greve tem como objetivo «sensibilizar o Governo para a necessidade de travar o processo de privatização».

«As garantias invocadas pelo Governo, até este momento, não são credíveis, nem eficazes. O interesse nacional não é salvaguardado. Não há urgência em privatizar, tal como o ministro da Economia transmitiu no passado dia 05 de dezembro, na Assembleia da República», adianta o comunicado da Plataforma Sindical da TAP.

Já hoje o ministro da Economia, afirmou que está agendada para amanhã uma reunião no Ministério com os sindicatos da TAP, rejeitando fazer um comentário sobre a convocação da greve para a quadra do Natal. Questionado sobre se vai privatizar a TAP no período que tem traçado, Pires de Lima afirmou: «Essa é uma questão que nem se põe».

Depois da aprovação do decreto-lei da privatização da operadora aérea portuguesa, aguarda-se a promulgação do mesmo pela presidência, para depois se avançar com o caderno de encargos. Pires de Lima garantiu que a privatização da TAP vai acontecer «durante os primeiros meses de 2015».