O ex-administrador executivo do BES Rui Silveira considerou hoje que a medida de resolução aplicada ao banco foi «excessiva e ilegal» e com a «participação ativa» da Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Governo e Banco de Portugal.
«A resolução foi excessiva e ilegal», declarou Silveira na sua intervenção inicial na comissão parlamentar de inquérito à gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está a ser ouvido desde cerca das 16:00.
De acordo com o responsável, é «sintomático» que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, «não se tenha poupado» ultimamente a «juízos que competem à comissão de inquérito» descortinar.
Como outros responsáveis já antes ouvidos, Rui Silveira já descartou responsabilidades. Ao iniciar a intervenção, fez questão de sublinhar que só soube do aumento da dívida da Espírito Santo International em dezembro de 2013.
Rui Silveira diz que não podem ser atribuídas responsabilidades coletivas por eventual falha no cumprimento de responsabilidades individuais.
Hoje é o último dia de trabalho do ano para a comissão parlamentar: além de Rui Silveira, ouvido esta tarde, de manhã esteve no parlamento Joaquim Goes, também outrora administrador executivo do banco.