Os trabalhadores dos entrepostos Lidl entram em greve hoje, a partir das 12:00 horas, paralisação que se prolonga até ao final de quarta-feira, anunciou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.A administração desvaloriza o impacto da greve.
Em declarações à TSF, Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), sindicato afeto à CGTP-IN, afirma que estes trabalhadores «desde há vários anos que não tem tido atualizações nos seus salários». Por isso, sublinha, decidiram avançar com um pré-aviso de greve por um período de 36 horas, abrangendo todo o dia de véspera de natal.
O pré-aviso de greve, de acordo com a mesma estrutura sindical, abrange os trabalhadores dos entrepostos do Lidl da Marateca (Setúbal), Ribeirão (Braga) e Torres Novas (Santarém). Para além da paralisação, os trabalhadores vão concentrar-se à porta do armazém da Marateca como forma de protesto contra a posição da empresa de não negociar aumentos salariais de um euro por dia, assim como o caderno reivindicativo.
De acordo com Célia Lopes, os trabalhadores do Lidl pretendem não só aumentos salariais e a passagem a contrato sem termo de trabalhadores precários que se encontram a ocupar postos de trabalho permanentes, mas também a concessão de dez por cento de desconto em todas as compras efetuadas em lojas Lidl e a existência de música ambiente para o entreposto.
Em comunicado enviado à TSF, a administração diz estar «confiante que a adesão será baixa pois, no que diz respeito à sua relação com os colaboradores, a Lidl Portugal assegura condições salariais acima da média do setor», sublinhando que «desde o dia 1 de março todos os colaboradores do Lidl com trabalho suplementar passaram a receber horas extras a 100%».
A administração reforça ainda que foi assegurado «o fornecimento de todas as suas lojas para a época do Natal, não sendo previsível falhas no abastecimento».