Desde que se abstenham de ter sexo durante um ano, a agência norte-americana de medicamentos (FDA) admitiu hoje que pretende alterar a proibição da doação de sangue por homossexuais masculinos.
Abstinência de um ano. É esta a regra de ouro para a Food and Drug Administration (FDA) permitir que os homossexuais masculinos possam doar sangue.
Em comunicado a FDA precisou que a decisão reside nas conclusões de recentes dados científicos relacionados com a política de doação para homossexuais masculinos, e nas recomendações de comités consultivos de peritos independentes do ministério da Saúde da própria Agência, em colaboração com outras agências federais.
«A FDA vai tomar as medidas necessárias para recomendar uma alteração na proibição atual para homens que tiveram relações com outros homens em doar o seu sangue, caso o seu último relatório tenha o prazo de um ano», indicou em comunicado a diretora do FDA, Margaret Hamburg.
A proibição que impede os homossexuais norte-americanos de doarem sangue durante toda a sua vida remonta há 31 anos, numa época em que a epidemia da Sida estava no auge e quando a medicina ainda possuía poucas informações sobre o vírus de imunodeficiência humana (VIH).
Os opositores a esta proibição argumentam que os atuais conhecimentos médicos e científicos não justificam uma medida tão extrema. A FDA vai submeter uma proposta para a alteração destas normas já em 2015, e que será analisada previamente pelas partes envolvidas antes de ser aprovada.