Vida

2014 registou menos acidentes aéreos, mas é um dos mais mortíferos

Sergei Karpukhin / Reuters

O ano de 2014 vai terminar com o menor número de acidentes aéreos em voos comerciais desde 1946.

Contabilizam-se sete acidentes até ao momento (não está incluído o desaparecimento do Airbus A320 da AirAsia). A má notícia é que 2014 pode ser, proporcionalmente, o ano mais mortal da história, com uma média de 109 mortes por acidente, de acordo com dados da Aviation Safety Network, organismo que reúne informações sobre acidentes aéreos.

Uma das explicações para esse paradoxo é o facto de os aviões, nos últimos 20 anos, serem maiores, com capacidade para levar mais passageiros. «Os tipos de avião têm muito a ver com a relação de mortes por acidente, assim como com o tipo de acidente», diz John Cox, que participou em seis grandes investigações de acidentes aéreos.

Harro Ranter, CEO da Aviation Safety Network, diz que o ano de 2014 foi especialmente trágico para a aviação pela coincidência de acidentes invulgares, como os dois desastres com Boeings 777 da Malaysia Airlines: um desapareceu quando ia de Kuala Lumpur para a China, em março, com 239 pessoas, e ainda não foi encontrado; o outro foi abatido no ar por um míssil ao sobrevoar a Ucrânia, em julho, com 298 pessoas a bordo.

Em 2017, as companhias aéreas prevêem transportar 3,91 bilhões de passageiros, mais 31% do que em 2012.