Portugal

CM Lisboa diz que plano de contingência para sem-abrigo decorreu com normalidade

O vereador da Proteção Civil da câmara de Lisboa declarou hoje que o plano de contingência para os sem-abrigo, desativado esta manhã, «decorreu com a normalidade que deve decorrer» e permitiu encaminhar 32 pessoas para os centros de acolhimento.

«Foi com um plano que decorreu com a normalidade que deve decorrer, uma boa articulação entre vários serviços do município, a Cruz Vermelha, a Santa Casa e sete instituições particulares de solidariedade social que operam na cidade de Lisboa e que fazem o contacto regular com os sem-abrigo», declarou o vereador da Câmara Municipal de Lisboa (CML) com o pelouro da Proteção Civil e Segurança, Carlos Castro, numa conferência de imprensa ao início da tarde na sede da Polícia Municipal da cidade, onde fez um balanço do plano de contingência.

A CML anunciou que desativou às 8h de hoje o plano de contingência para os sem-abrigo perante o frio, devido às previsões que apontam para uma melhoria das condições climatéricas nos próximos dias.

O Plano de Contingência para as Pessoas Sem-Abrigo perante Tempo Frio tinha sido ativado na passada segunda-feira, e foi desativado após «uma avaliação feita com as várias instituições», referiu o vereador, acrescentando que se concluiu que «estavam reunidas as condições necessárias para desativar o plano».

O plano de contingência é ativado quando se registam temperaturas de três graus ou inferiores durante dois dias consecutivos, e as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para temperaturas mínimas superiores a esses valores para os próximos dias na cidade de Lisboa.

O vereador disse que os serviços municipais se mantêm em contacto com o IPMA e com os serviços municipais de proteção civil, e que o plano será reativado, «se for necessário».

Das 269 pessoas sem-abrigo que foram acolhidas no pavilhão do Casal Vistoso, «o centro nevrálgico do plano», 239 eram homens e 30 eram mulheres, adiantou o vereador.

No pavilhão, os sem-abrigo tinham acesso a um banho quente, uma refeição e podiam receber cobertores e roupa.

«De registar um apelo que a câmara lançou aos lisboetas no início da semana e que superou todas as expetativas. De facto, os lisboetas foram exemplares e uma parte importante deste plano ao entregarem cerca de 750 sacos com roupa em todos os quartéis de bombeiros da cidade de Lisboa», declarou Carlos Castro.

Do total das 269 pessoas que chegaram ao pavilhão do Casal Vistoso, no Areeiro, 32 foram encaminhadas para centros de acolhimento da CML e da Santa Casa da Misericórdia, disse Carlos Castro.

«Registámos que houve interesse de várias pessoas sem-abrigo para serem encaminhadas para estes locais», disse.

Carlos Castro frisou ainda que o sucesso da aplicação do plano de contingência não pode ser medido «em termos quantitativos», tendo em consideração o número de pessoas sem-abrigo apoiadas neste âmbito, realçando ainda que há um trabalho social, «que existe, mas muitas vezes não é visível», que é feito diariamente pelas equipas de rua da CML e da Santa Casa.

«Há pessoas que não querem ser apoiadas. Há um trabalho regular das equipas que trabalham todos os dias na rua e que é preciso continuar», declarou.