Portugal

Lajes: Autarca da Praia da Vitória admite medidas «radicais»

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O presidente da Câmara exigiu hoje que seja posto em prática de imediato um plano de mitigação para o concelho devido à redução militar norte-americana na base.

«Exigimos que a Comissão Bilateral Permanente, que se reúne no próximo mês de fevereiro, aprove um plano de mitigação para a Praia da Vitória [concelho onde fica situada a base das Lajes], a ser implementado de imediato», afirmou Roberto Monteiro (PS) em conferência de imprensa.

O autarca reivindicou «o desbloqueio imediato de todos os entraves ao aproveitamento e dinamização das infraestruturas portuária e aeronáutica existentes no concelho, acompanhadas por um pacote financeiro que permita a concretização das várias propostas apresentadas pelo município para a potenciação dos 'clusters' marítimo e aeronáutico da ilha Terceira».

O autarca exigiu ainda «mecanismos e respetivos fundos para a implementação imediata de planos de apoio social e de formação profissional para inverter o crescimento do desemprego no concelho».

O autarca deu agora um prazo de 30 dias para que o Governo da República responda às suas exigências e ameaça avançar com medidas «radicais», caso não obtenha respostas até à realização da reunião da Comissão Bilateral Permanente.

«Se não se chegarem à frente, nós vamos tomar medidas radicais nunca antes vistas nesta terra pela luta intransigente dos nossos interesses e dos interesses de todos os praienses», frisou.

A autarquia quer ter direito a um representante na próxima reunião da Comissão Bilateral Permanente e exige ao primeiro-ministro que responda, antes dessa mesma reunião, ao memorando apresentado aquando da deslocação de Passos Coelho aos Açores, em novembro de 2014.

Roberto Monteiro lembrou a apresentação de um conjunto de propostas de compensação pelo impacto já sentido no concelho com a redução da presença militar norte-americana na base das Lajes, ao Representante da República para os Açores e ao ministro dos Negócios Estrangeiros, em novembro de 2013, e ao primeiro-ministro, em outubro de 2014.

Na ocasião, Passos Coelho comprometeu-se a responder ao memorando da autarquia dentro de 60 dias, mas até à data não o fez, segundo o autarca.