Ambiente

Primeiros linces libertados já caçam coelhos selvagens sem ajuda e até engordaram (vídeo)

Lusa/Luís Forra

Linces libertados em Mértola, há um mês, já só se alimentam dos coelhos selvagens que caçam sozinhos. Instituto da Conservação da Natureza diz que adaptação está a ser «ótima».

Os primeiros linces ibéricos reintroduzidos em Portugal há cerca de um mês, perto de Mértola, estão a habituar-se bem ao novo espaço. Os técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) nem têm tido necessidade de ajudar os animais a caçar coelhos selvagens. À TSF, o diretor do departamento de Conservação da Natureza do Alentejo, Pedro Rocha, explica que a adaptação do casal desta espécie em vias de extinção está a ser «ótima». Sinal claro disso é o facto de Katmandu e Jacarandá (o nome dado aos animais) estarem «mais pesados». Cada um apanha em média 5 coelhos selvagens por semana e os técnicos do ICNF nunca precisaram de dar-lhes mais comida.

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Para garantir que estão bem adaptados à natureza, estes animais em vias de extinção são filmados ou fotografados 24 horas por dia no espaço do tamanho de dois campos de futebol onde foram colocados. Há imagens que mostram corridas atrás dos coelhos e alguns acabam na boca dos linces.

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Pedro Rocha acrescenta que o casal anda próximo, «sabemos que já dormiram na mesma toca», mas os técnicos do ICNF não têm a certeza se acasalaram, «apesar de os padrões de comportamento indicarem que isso pode ter acontecido».

Entretanto, várias pessoas têm ido ao ICNF em Mértola para saber onde podem ver os linces. Os responsáveis deixam o aviso de que não vale a pena perguntar pois os animais estão numa zona vedada e devem estar longe do Homem.

Tentar ver estes linces só mais tarde, quando forem abertas as portas da vasta zona cercada, mas mesmo aí vai ser preciso uma enorme dose de sorte pois são animais «esquivos». Essa libertação final só deve acontecer no final de janeiro ou no início de fevereiro.