Mundo

Governo estuda acerto salarial para professores na Suíça

Ricardo Junior / Global Imagens

O secretário de Estado da Cooperação, José Cesário, revelou que o Governo está a estudar a possibilidade de aumentar o salário dos professores de português na Suíça, tendo em conta a desvalorização da moeda nos últimos dias.

«Estamos a verificar até que ponto é juridicamente possível fazer-se um acerto [do salários dos professores na Suíça], num momento em que o Orçamento do Estado está aprovado e com as regras definidas para todo o ano», disse o governante no final da primeira sessão do Encontro Empresarial da Diáspora Portuguesa, que decorre hoje, em Lisboa.

«Isso implica uma avaliação nossa [do Ministério dos Negócios Estrangeiros] e das Finanças, estamos a avaliar, oportunamente vamos divulgar a decisão», concluiu o governante.

O PS tinha proposto na quarta-feira que o Governo fizesse uma revisão intercalar das remunerações dos funcionários consulares na Suíça, confrontados, tal como os professores, com uma «brutal degradação salarial» devido ao fim da taxa de câmbio mínima euro/franco suíço.

Numa pergunta entregue no parlamento dirigida ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, o deputado socialista Paulo Pisco alerta que os funcionários consulares e os professores portugueses na Suíça ficam numa situação insustentável devido à «brutal degradação salarial» causada pela decisão do Banco Central Suíço de suprimir a taxa de câmbio fixa entre o euro e o franco suíço (1,20 euros).

O deputado, eleito pelo círculo da Europa, afirma que «a grande maioria» dos trabalhadores «fica com uma remuneração abaixo do equivalente ao salário mínimo na Suíça» e que cerca de dois terços dos funcionários do Ministério «estão a ganhar menos do que os 4.000 francos considerados aceitáveis para se viver com um mínimo de dignidade». Há casos de professores, acrescenta, que ficam a ganhar «pouco mais de 2.000 francos».