Política

Primeiro-ministro diz que decisão do BCE é bem-vinda e espera que seja eficaz

JOSÉ COELHO/LUSA

Confrontado com as acusações o líder do PS, António Costa, que considerou que a decisão do BCE constitui uma pesada derrota política e doutrinária para o primeiro-ministro, Passos Coelho frisou que «deve haver uma grande confusão». «Nunca me manifestei contra o programa do BCE, antes pelo contrário».

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse hoje que é «bem-vinda» a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de comprar dívida pública e que espera que ela «seja tão eficaz quanto se deseja».

«Este financiamento do BCE não é para os Governos nem para os Estados, é para os bancos e para a economia e portanto o BCE, ao contrário do que algumas pessoas defendiam, não alterou o seu mandato, os seus estatutos, o seu objetivo que é de política monetária e não está a financiar os Estados, está a financiar os bancos e a economia», afirmou o chefe de Governo.

Em reação às críticas dos socialistas, o chefe do Governo considerou que «deve haver uma grande confusão». «Nunca me manifestei contra o programa do BCE, antes pelo contrário. Esta era uma intervenção aguardada que está a ocorrer dentro daquilo que é o estatuto e o mandato do BCE. Esta é uma intervenção que se aguardava na medida em que a Europa em geral, mas sobretudo o Euro, está a correr riscos de deflação», salientou.

O Banco Central Europeu anunciou na quinta-feira que vai comprar mensalmente 60 mil milhões de euros de dívida pública e privada até setembro de 2016. A compra inicia-se em março e durará pelo menos até ao fim de setembro de 2016.