O músico alemão Edgar Froese, cuja banda Tangerine Dream forjou o ambiente e o som futuristas que inspiraram várias gerações da música eletrónica, morreu em Viena, aos 70 anos, anunciou hoje fonte da família.
De acordo com o filho, Jerome Froese, que também pertenceu à banda, o pai morreu subitamente na terça-feira, em Viena, vítima de uma embolia pulmonar.
Formado em escultura, Edgar Froese acabou por entrar na área da música, e chocou o mundo no início dos anos 1970 por usar sintetizadores para criar um tipo de música minimalista que nada tinha a ver com a atmosfera musical dominada pelo rock, na época.
«Edgar disse, um dia, que a morte não existe, só existe uma mudança no endereço cósmico. Esta ideia é um pequeno conforto para nós», declarou a banda, num comunicado.
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Froese nasceu em junho de 1967 na cidade russa de Sovetsk, e estudou em Berlim ocidental, num ambiente cultural alemão cosmopolita de pós guerra, sem grande apego à identidade do país.
O grupo Tangerine Dream viria a assinar contrato pela Virgin Records, que lhe deu liberdade total para gravar o primeiro disco, em 1974, intitulado "Phaedra", que se tornou um ícone da música eletrónica.