Katherine Frank levou à letra a expressão 'trabalho de campo'; trabalhou seis anos como stripper e no fim escreveu uma tese de doutoramento, de que saiu uma versão em livro.
O livro da antropóloga Katherine Frank, "G-Strings and Sympathy: Strip Club Regulars and Male Desire" (que em português poderia ser "Fio dental e simpatia: clientes regulares de clubes de strip-tease e o desejo masculino") relata a sua experiência mas também a dos clientes, já que cerca de 30, dos regulares, foram entrevistados. «Por que não olhar para os homens que financiam este tipo de entretenimento?», pergunta.
No livro Frank (atualmente investigadora na Universidade de Wisconsin), conta que ganhou mais simpatia com os homens.
Outra conclusão: mais do que um lugar para «apreciar o corpo feminino», os clubes de strip são um lugar onde os homens se sentem corajosos.
Katherine conformou por outro lado que, nos vários locais onde trabalhou, os homens muitas vezes pagavam a dançarinas apenas para sentar e conversar com eles.
A antropóloga também queria estudar a ideia da verdadeira intimidade. Muitos de seus clientes eram casados e diziam estar apaixonados pelas mulheres, sendo que o que acontecia nos clubes era 'apenas' transgressor e uma fantasia.