O ministro da Saúde reiterou hoje, em Faro, que o problema na está nas urgências e sim nos internamentos mais demorados. Paulo Macedo, no Centro Hospitalar do Algarve, voltou a mostrar números que justificam as medidas adotadas pelo Governo.
O ministro da Saúde já tem dados que apontam para que este seja um ano fora do normal em termos de frio e de complicações da gripe.
«As condições, de facto, de frio foram totalmente anormais, ou seja, não foi nada de todos os invernos mas isso vai ser dito pelas entidades com responsabilidade. O que nós temos aqui são casos muito mais significativos em termos de infeções respiratórias derivados do frio do que propriamente casos ainda da gripe», afirmou Paulo Macedo.
De acordo com o governante, o que se verifica é um aumento de pessoas idosas com complicações que requerem internamento. Daí, sublinha o ministro, os problemas que se têm verificado nos hospitais.
«O que temos é pessoas extremamente idosas com infeções respiratórias o que obriga a um tempo muito maior de internamento do que há dois anos, três anos ou cinco anos. Isso é um fator novo e o que é que os centros hospitalares têm feito? É um conjunto de camas que estavam fechadas quando não há pico e que agora são reabertas», explicou.
Paulo Macedo reiterou ainda que estão a ser contratados todo os médicos que são possíveis: «Ainda ontem foram publicados dois novos concursos de 115 médicos para medicina geral e familiar, e mais de 200 médicos especialistas».
O ministro da Saúde falava à margem de uma visita às Urgências da unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), onde aproveitou para lembrar o investimento, nos últimos três anos e meio, de 160 milhões de euros naquele centro.
Questionado sobre a falta de médicos no Algarve, o governante sublinhou que serão atribuídas compensações monetárias e um tratamento fiscal mais favorável aos médicos que queiram fixar-se no interior e na região algarvia.